segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Bolsistas do Prouni pedem mudanças no programa
Estudantes bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni) de São Paulo entregaram uma carta ao ministro da Educação, Fernando Haddad, na tarde de hoje (24), com nove reivindicações e sugestões de melhorias ao programa. Entre elas, os estudantes pedem mais clareza de critérios e informações sobre o programa, o incentivo de ingresso em cursos de pós-graduação e o fim da exigência de comprovação de renda anual.
A carta foi entregue durante o 1º Encontro dos Estudantes do ProUni, organizado pela União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE), pelo Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ) e pela União Nacional dos Estudantes (UNE), em São Paulo.
Haddad disse que "a maioria das reivindicações é muito procedente" e afirmou que a resposta para o documento apresentado pelos estudantes será "rápida" e pode ocorrer até o final deste ano. "Vamos processar pela nossa consultoria jurídica. Já há uma comissão instalada que vai se unir com mais periodicidade. O documento está muito bem formulado, sem dúvidas sobre o que eles estão reivindicando, de modo que a resposta é mais simples quando a demanda é mais objetiva", explica.
De acordo com o ministro, um dos itens considerados mais polêmicos é o que diz respeito ao fim da comprovação de renda anual dos estudantes.
"Entendo que os casos apresentados são bastante tocantes porque muitas vezes alguém da família, ao longo de quatro ou cinco anos, arruma um emprego e o estudante se vê ameaçado com a perda de bolsa", afirmou. "No início do programa fomos muito rígidos com isso porque imaginamos que poderíamos perder o controle sobre quem seriam os bolsistas do programa. Hoje é possível repensar essa rigidez sobretudo pelos exemplos que eles nos trazem e nos tocam", disse Haddad, acrescentando que, em caso de mudança, o governo não vai dar "abertura para que alguém possa se beneficiar indevidamente" do ProUni.
Para o presidente da UEE, Augusto Chagas, o critério da comprovação da renda precisa ser revisto porque o estudante pode sair de uma determinada faixa salarial para outra um pouco maior que não permite que ele pague a mensalidade de um curso superior. "Essa questão é polêmica, mas achamos que grandes mudanças (salariais) são raras exceções. Não se pode fazer a regra baseada na exceção", afirma.
Lúcia Stumpf, presidente da UNE, afirmou que o movimento estudantil vai continuar lutando para garantir que o governo cumpra as reivindicações. "Vamos nos organizar dentro de cada universidade e fazer as mobilizações que forem necessárias para que elas sejam implementadas", disse ela, destacando que a UNE pretende lutar também para que "as bolsas do ProUni sejam oferecidas em instituições com qualidade referenciada e que respeitem o processo democrático", diz.
Para estudantes bolsistas do programa que participaram do evento de hoje, um dos grandes problemas do ProUni é a questão da transferência de unidade, turno ou curso, negada pelas faculdades de ensino. "Se você muda de casa, você não pode mudar de unidade de ensino e pode perder a bolsa", explica Daniel Lopes, estudante de biologia da Universidade Estadual Paulista (Unip) e bolsista integral do ProUni há dois anos.
Durante o evento, Haddad adiantou que a Caixa Econômica Federal vai abrir um programa para priorizar a contratação de estagiários do ProUni. Segundo ele, a proposta ainda não tem data para ser anunciada, mas deve ser levada depois para outras estatais.
As inscrições para o processo seletivo para o primeiro semestre de 2008 do ProUni começam nesta segunda-feira, somente pela internet, na página eletrônica do programa. Para participar, o estudante deve ter obtido, no mínimo, 45 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ter cursado o ensino médio em escola pública ou como bolsista na rede particular de ensino. O estudante também deve comprovar renda familiar de até um salário mínimo e meio (R$ 570) para obter a bolsa integral, e de até três salários (R$ 1150) para a bolsa parcial.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Outra UBES é possível!
Essa aliança é de coração, UJS e Mutirão!
Nossa resolução de ME, com o programa exposto acima, foi derrotado pelo bloco PMDB/PTB/PCdoB, que insistiu em apresentar uma resolução para o congresso da Ubes que falava unicamente na edição do pretenso congresso da UGES, não incluindo nenhum dos temas por nós apresentados. Votaram com a gente a resolução de movimento estudantil o MPT e a AE.
Também votamos com a AE e o MPT as resoluções pela inexistência do Congresso da Uges, e de repúdio ao patrocínio da Aracruz ao Congresso da UGES. A UJS se absteve da votação contra a Aracruz.
É importante destacar também o autoritarismo do bloco UJS Mutirão na sistematização das resoluções, onde sequer foi garantido para as outras forças presença na comissão. Depois de usarem expedientes como horários e locais da reunião errados, a UJS nos apresentou as propostas de resolução (elaboradas por eles e pelo mutirão) 5 minutos antes do início da plenária final. As coisas chegaram a um ponto tal que tivemos que lutar para poder apresentar resoluções, uma vez que a informação sobre o horário de início da plenária final era propriedade privada do bloco stalinista.
Que baixaria, o MPT virou mercadoria!
O momento mais lamentável do Congresso foi protagonizado pelo Movimento PT (Mãos à Obra). Depois de fechar chapa de unidade do PT, posicionar bancada ao lado da nossa, elaborar resoluções conjuntas, e votar todas as resoluções, fecharam acordo com a chapa PMDB/PTB/PcdoB, cinco minutos antes da votação das chapas, no mesmo momento em uma militante do MPT era agredida com garrafas e papéis durante sua defesa da resolução contra a Aracruz. O motivo da saída do MPT da nossa chapa foi o acordo com a UJS de um delegado a mais, isso é; A UJS comprou o MPT pela quebra de três delegados que tinha no congresso estadual. Baratinho, baratinho...
Desiste, desiste, a Uges não existe!
Outra marca da nossa intervenção nesse congresso foi a denuncia da farsa protagonizada pela UJS e pelo MR-8 com o pretenso Congresso da UGES. Nessa questão conseguimos garantir a realização de plenárias finais diferenciadas, uma para o Congresso da Ubes, outra para a farsa da UGES, já que a proposta do bloco majoritário era realizar as plenárias conjuntamente, o que iria favorecer a legitimação da farsa.
Outra vitória da nossa intervenção foi garantir o direito de voto dos delegados que estavam presentes, uma vez que a proposta da UJS era de não realizar a votação. Segundo eles esse era um desgaste desnecessário já que todas as forças tinham o mapa das delegações, e nós já poderíamos definir as bancadas a para a etapa nacional a partir disso.
Eu sou Kizomba, não abro mão, do socialismo e da revolução!
O desafio de repensar o modo de se fazer movimento estudantil está conectado a construção cotidiana de uma nova sociedade. Nestes dois dias de congresso da UBES nossa bancada mostrou que é possível construir um movimento estudantil democrático, horizontal, participativo. O resultado mais positivo do Conubes aqui no Rio Grande do Sul foi esse, saímos de Tramandaí com a certeza de que avançamos muito na construção de uma nova geração militante no movimento secundarista.
Uma galera que lutou por democracia na UBES, que denunciou o aparelhismo e o imobilismo nos quais está afundada a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas.
É preciso mudar, democratizar a UBES, torná-la uma entidade de luta. Uma nova cultura política é necessária. Uma cultura de prática e objetivos plurais, solidários e sustentáveis. Essa nova cultura tem nome: KIZOMBA!
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Unisinos: Agora é Participação no DCE
Resultado Final das Chapas
Chapa | Votos |
22 | 326 |
33 | 833 |
44 | 1265 |
55 | 61 |
UCS: Orçamento Universitário
Mais Informações: www.dceucs.com.br
CCHC 14/11 8h - Auditório do Bloco H. - Serviço Social, Jornalismo e PP
Não vamos ficar parados!!!
No próximo dia 22 de Novembro, o Conselho Diretor vai votar o reasjute das mensalidades.
Amanhã acontece a
Plenária Final do Orçamento Universitário
ela é aberta a participação de todos e todas estudantes.
Novembro de luta contra mercantilização do ensino
O Brasil tem quase quatro milhões de estudantes pagando para estudar no ensino superior. Os dados, da última edição do Censo do Ensino Superior do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) apontam um universo extenso de alunos, de todas as regiões, classes sociais e níveis de renda. Ainda que a educação seja um bem universal, garantido pela Constituição, ainda existem muitas instituições de ensino que não enxergam as coisas por esse lado.
A livre atuação do ensino particular superior pode ser um problema maior do que o imaginado para o país, na opinião do movimento estudantil e de outras entidades ligadas à educação. Em entrevista ao EstudanteNet, o Secretário de Políticas Educacionais da Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino) José Tadeu Almeida, explicou o porquê:
As principais reivindicações da UNE em relação às universidades pagas estão no texto do chamado PL da UNE, Projeto de Lei da entidade que foi apresentado ao Congresso através do deputado Renildo Calheiros. O PL, que está em tramitação, exige a implementação de medidas mais claras de controle do aumento das mensalidades, condicionando-o à discussão com pais e alunos e impedindo a expulsão sumária de inadimplentes. Torna-se também obrigatório o anúncio, 120 antes, de um novo reajuste. Hoje, este prazo é de 40 dias.
Baixe os materiais da campanha da UNE
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Roda Viva chapa 4 é alternativa para o DCE da UFRGS.
Estudantes Desocupam Reitoria da UCS com grandes vitórias para o Movimento Estudantil
Confira a carta de desocupação e as principais conquistas no site do DCE
sábado, 10 de novembro de 2007
Reitoria da UCS ocupada
Confira as notícias no site do DCE.
Quem somos?
era a festa do povo negro que resistiu bravamente à escravidão. Era congregação, confraternização, resistência. Um chamado à luta por liberdade e por justiça. Kizomba era festa e resistência cultural de um povo. A festa do negro, do pobre e do índio. Era a exaltação da vida e da liberdade.
Hoje, Kizomba é também um movimento de estudantes com atuação em diversos estados do país. Somos um campo de oposição à maioria da direção da UNE. Entendemos que nossa entidade nacional e o movimento estudantil vivem, há algum tempo, um processo de distanciamento da maioria dos estudantes brasileiros que acaba por conduzi-los a uma profunda crise de legitimidade. Crise esta que somente poderá ser superada a partir de uma radical mudança na forma como o movimento estudantil se organiza hoje e não apenas com a mera alteração da direção das entidades. É uma crise de cultura política e conjuntural que afeta a todos ao atores do ME. A dinâmica que tomou conta da maioria das entidades estudantis favorece práticas antidemocráticas, burocráticas, a despolitização e o desencantamento com o movimento estudantil.
Uma outra cultura política, que privilegie, e estimule de fato, a participação política dos estudantes na construção de suas entidades, que democratize as instancias de decisão do movimento, que dialogue com demandas sempre relegadas à segundo plano, que saiba dialogar com os demais movimentos sociais é para nós um pressuposto para que a UNE e o movimento estudantil se fortaleçam e recuperem um papel mais protagonista nos grandes debates nacionais e nas disputas colocadas no atual período.
Kizomba, o nome de nossa tese, é uma referencia explicita à trajetória de resistência negra, indígena e popular desenvolvida no Brasil ao longo de nossa história. Para nós, o legado de luta de nosso povo deve ser a referencia fundamental para que o movimento estudantil se revigore, se reencontre com sua própria historia.
Kizomba é um movimento vivo, ainda em construção. Não pretendemos ter todas as repostas para o movimento estudantil. Queremos apenas que elas sejam encontradas em um ambiente democrático, participativo. Convidamos você a participar conosco desta caminhada.
Boa luta!